“Nós não teremos sucesso na reforma de nossas organizações simplesmente através do trabalho duro.”
Stafford Beer, 1975
“Na busca por melhores resultados continuamos míopes trabalhando duro para otimizar a estrutura organizacional, descrever uma hierarquia e processos perfeitos e preenchê-los com os melhores títulos do mercado. Contudo, colher rapidez, flexibilidade e otimização exige novas sementes, formas inovadoras e inteligentes de se realizar o mesmo. Requer desmontar justamente aquilo que mais marcou nossas organizações até hoje: as hierarquias! Mas isso não nos é completamente estranho. Como gestores da cadeia de suprimentos conhecemos muito bem os limites da administração amparada na coerção. É por isso que temos um papel fundamental nessa revolução que se inicia.
Estamos acostumados com nossa impotência ao tentar administrar nossos fornecedores, distribuidores e parceiros diversos. Embora nos autodenominamos “gestores”, estamos cientes de que a gestão, no sentido clássico de planejamento, execução, controle e delegação, pouco faz parte de nosso dia a dia. Deparados com parceiros frequentemente maiores do que nossas próprias empresas, nos obrigamos a trocar o planejamento, a execução, o controle e a delegação, pela motivação, negociação, colaboração e trabalho conjunto. E mesmo quando nossos parceiros assumem a posição menos favorável, tendemos a optar pela negociação, pois sabemos que forçar uma decisão pode ter consequências desastrosas no longo prazo. Vivemos entre a cruz e a espada, entre dançar uma música diferente com cada elo da cadeia e bater a continência interna na hierarquia organizacional. […]”
Gostou? Então leia mais na minha coluna Gestão em Foco, n. 7 na revista Mundo Logística deste mês que traz como matéria de capa a auditoria logística.
Fugindo ao texto acima, o qual comentarei mais tarde, gostaria de tecer um comentário sobre uma postagem sua mencionada ao lado: “A nossa maior dificuldade é perseguir uma e apenas uma ideica, dos fundamentos até as últimas consequências”.
Como focar, segmentar o saber, a visão, numa Era em que a inter, intra e multidisciplinaridade dos assuntos chegou ao seu ápice, exigindo do Homem uma visão holística a cada tomada de decisão?
Considero uma dicotomia a fragmentação do saber na Era pós-globalização. Como isolar uma célula quando as membranas foram todas retiradas, tornando até difícil definir onde termina uma e onde começa outra? Assim está acontecendo com o saber hoje em dia. Uma ideia é afetada por diversos fatores externos a ela, portanto isolá-la de seu meio para seu estudo me parece uma utopia nos dias de hoje.